Diário de um P90

Diário de um P90

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O assunto de hoje pode ser um pouco mais interessante para aqueles que jogam CS:GO (Counter-Strike: Global Offensive), já que vamos colocar no divã uma arma disponível no inventário do game – e principalmente aqueles que a utilizam. Criada em 1990 por uma empresa belga chamada FN Herstal, a P90 é uma das opções disponíveis no jogo dentro do grupo das submetralhadoras (SMG’S).

Na vida real ela é considerada uma “personal defense weapon” (arma de defesa pessoal), também podendo ser classificada como “submetralhadora” ou “rifle de assalto compacto”. Já no Counter Strike ela é apenas conhecida como: arma dos noobs ou Pnojenta.

Quem não usa, se junta ao coro dos zoadores; já quem usa, sente-se injustiçado. Mas por quê? Vamos às explicações (se é que elas existem).

No CS:GO cada arma possui um padrão de recuo (também conhecido como recoil ou ‘coice’), que determina a reação reação que o projétil provoca na arma quando disparado, segundo a terceira Lei de Newton. Dito de outras palavras, isso significa o quanto a arma vai “pular” e variar a mira enquanto você estiver atirando. No caso específico da P90, esse recuo é mais favorável (menos intenso), além da quantidade de balas (50) ser consideravelmente maior do que em outras armas, o que atrai principalmente jogadores que… digamos… não sabem mirar muito bem e/ou precisam de muitos (mas muitos mesmo!) tiros para tentar acertar os oponentes. Daí a fama de ser a arma dos noobs ou iniciantes.

Jogadores inexperientes contam com o perdão divino e a benevolência alheia. Então qual é o problema neste caso? O problema de fato são aqueles jogadores iniciados que continuam insistindo na dita cuja, simplesmente porque gostam dela, ou porque não conseguem usar outras armas.

Apesar do baixo recuo, que é algo que ajuda o jogador, a arma possui uma pontuação de dano incrivelmente baixa, principalmente quando o adversário está usando o colete Kevlar com capacete.

Até agora parece que estamos empenhados em avacalhar a arma em questão, como se ela tivesse uma importância grande no jogo, ou alguma espécie de protagonismo. E parece que ela tem mesmo, sabe? Isso porque, além de ser extremamente útil no chamado “round antieco”, que é uma rodada na qual o time adversário ainda não tem dinheiro suficiente para comprar armas boas e coletes, ela também irrita muito o time adversário. Afinal, nada mais ‘vergonhoso’ do que morrer pra um jogador que está usando P90, quando você está usando, por exemplo, uma AK47 (considerada por muitos a melhor arma do jogo) e o colete Kevlar com capacete.

Dentro da mitologia do CS:GO, com certeza uma das coisas mais legais é comprar uma P90, dar a sorte de conseguir se aproximar de um jogador do time adversário – ou mais de um – e ‘lavar’ ele de balas. Logo em seguida, ficar observando os xingamentos que virão por texto do jogador que foi alvejado.

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Darson Porto

Darson Porto

Gaúcho morando em Curitiba. Servidor público. Começou a jogar videogame aos 3 anos na geração 8 bits. Alterna jogatinas entre PC PS4 e XOne. Gosta de escrever e conversar sobre o tema, além de espalhar a teoria de que videogames são a arte suprema.

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