Neste ano presenciamos mais uma E3 e todo o folclore que circula em volta dela. Não importa que exista Gamescom, TGS, PAX East e tantas outras, pois quem é rei sempre terá majestade. Até porque certamente você nunca presenciou alguém iniciar uma calorosa discussão sobre qual empresa “venceu” lá em Tóquio ou em Colônia (Alemanha).
Mantendo a filosofia do JA, que consiste basicamente em fugir de polêmica tanto quanto o diabo foge da cruz, pretendo falar sucintamente sobre as impressões gerais que a maior feira de videogames do mundo deixou, além de elencar alguns dos títulos que chamaram a atenção deste que vos escreve.
Normalmente o epicentro dos comentaristas de plantão é o duelo entre as maiores empresas do ramo: Sony e Microsoft. E de fato eles estão certos, não há como fugir das comparações, por isso desde logo vou dizendo que acredito que o grande perdedor até agora foi: o consumidor!
Vou tentar elaborar…
Com a larga expansão da tecnologia 4k, a visão de águia e a astúcia empreendedora dos principais concorrentes do mercado criou o que se convencionou chamar de “mid-generation refresh” (atualizações dos consoles no meio da geração), que também não seria equivocado chamar de “obsolescência programada criada a toddy”.
A Sony pulou na frente e lançou ainda em 2016 o Playstation 4 Pro, cheio de promessas de felicidade e garantia de altos índices de satisfação medidos em teraflops. A Microsoft, na ocasião dessa E3, apresentou seu brinquedo novo, o Xbox One X, que ao que tudo indica será mais caro e mais potente, mas mantendo firme a tradição já iniciada de repetir consoantes no nome do produto.
Ecoaram por todos os cantos da internet de meu Deus gritos de “a Microsoft só mostrou third parties, indies e minecraft em 4k”, o que é parcialmente verdade. Isso é ruim, porque deixou a Sony nadar de braçada sem fazer muita força, bastando mostrar alguns títulos como “Uncharted: The Lost Legacy”, “Days Gone” e “God of War” para turbinar a locomotiva do hype e levar a comunidade gamer ao delírio.
Porém, ao contrário do chavão aplicado para a política, neste departamento o povo não tem memória curta, e certamente lembrou de Shenmue 3, Cyberpunk 2077, Final Fantasy VII Remake, Red Dead Redemption 2, The Last of Us Part 2, entre tantos outros que ficaram de fora da feira.
Por outro lado, é possível dizer que a Nintendo, emergindo de seu mundo semi-hermético sediado em Kyoto, fez uma belíssima apresentação. Também não há como deixar de mencionar a Devolver Digital, que fez uma conferência-paródia tão bem elaborada que quase deixou passar despercebida a sua escassez de lançamentos.
Passo agora à lista de títulos que gostaria de destacar:
- Electronic Arts
- A Way Out: o co-op forçado que me deixou com vontade de obrigar alguém a comprar o jogo junto comigo;
- Anthem: promete ser um concorrente para Destiny 2, mas para se destacar de verdade terá de vencer um páreo duro contra um jogo que já possui uma base de fãs.
- Microsoft – Xbox
- Metro Exodus: promete ser a ótima continuação de uma franquia já estabelecida;
- Assassins Creed Origins: o aumento de elementos de RPG neste novo jogo da franquia empolgou bastante.
- Bethesda
- The Evil Within 2: possivelmente o melhor trailer de toda a feira. O primeiro jogo não impressionou muito, mas uma segunda chance à franquia pode ser uma boa pedida;
- Wolfenstein 2: outro trailer fantástico que impressionou e deu muita vontade de testar o game.
- Devolver Digital
- Serious Sam’s Bogus Detour: jogos dos mesmos criadores de Hammerwatch, o que por si só já é um bom sinal.
- Ubisoft
- Far Cry 5: apesar de o 4 ter sido uma decepção, a temática do novo jogo da franquia chamou bastante a atenção.
- Sony
- Uncharted: Lost Legacy: é uma expansão do jogo mais bonito que joguei no ps4 até então. Se seguir o mesmo padrão de qualidade será um jogaço;
- Days Gone: apareceu novamente neste ano e só aumentou a vontade de jogá-lo quando for lançado;
- Shadow of The Colossus Remake: dispensa explicações. Quem jogou o primeiro (no Ps2) sabe o porquê;
- God of War: também apareceu novamente e colocou mais lenha na fogueira;
- Destiny 2: depois de uma última expansão meio mais ou menos no primeiro jogo, a franquia ganhará uma continuação que está fazendo bater mais forte o coração de alguns guardiões a exemplo deste que vos fala;
- Spider-man: quem ainda não assistiu ao trailer, corra lá. Não é preciso mais nada para despertar a vontade de jogá-lo.
- Nintendo
- Metroid: Samus Returns: um clássico para ser degustado no 3DS;
- Super Mario Odyssey: se mantiver o mesmo padrão de qualidade do Super Mario Galaxy será um excelente jogo.