No programa desta semana, Chris Roberts volta a apresentar o Around the Verse ao lado de Sandi Gardiner, trazendo novidades no que diz respeito a raça Banu. Eles apresentam detalhes de sua Lore e também a mais nova nave, a Banu Devender. Vão falar sobre o programa de indicações, onde novas premiações foram adicionada, inclusive a possibilidade de ganhar uma viagem paga para o próximo evento da GamesCom.
Mas claro, antes de começar falando sobre todas estas informações, primeiro vamos ver o que os estúdios em Los Angeles andaram trabalhando nas últimas semanas.
Eric Kieron – Atualização dos estúdios em Los Angeles
Os estúdios em Los Angeles trazem ótimas novidades ao game, sendo a primeira delas em relação ao sistema de de calor e energia da nave. Os times já estão implementando a estrutura básica que vai gerenciar como a nave deve se comportar dependendo da ação individual de cada componente. Por exemplo, coolers vão contribuir em quanto calor o sistema da nave vai conseguir suportar, além de influenciar diretamente na emissão de calor.
Também reimplementaram o sistema de compra dentro das lojas, usando agora um novo sistema chamada de Métodos Remotos, permitindo reduzir significativamente as chamadas aos servidores, tornando as compras muito mais funcionais. Agora as equipes tem trabalhado no modo de experimentar e no modo de armazenar os itens de forma persistente após uma compra.
O sistema de luzes foi alterado também, facilitando a criação de cinemáticas. A equipe de engenharia vem trabalhado duro na questão do sistema de autoridade de itens, que é onde gerencia o que cada coisa pertence ao jogador, incluindo junto seus subitens. Por exemplo, um designer pode criar um controle para uma torre de defesa e adicionar armas a ela, permitindo que uma Inteligência Artificial a use ou até mesmo o próprio jogador. Este sistema é de uso universal dentro do game, permitindo que o recurso seja usado para adicionar armas a um veículo onde uma IA ou um player possam ter acesso. Isso não se restringe apenas a armas onde portas de uma estação espacial poderão ser controladas via terminal por um operador humano ou um NPC. A adição deste recurso vai ser muito importante para o fator multicrew do game uma vez que será possível assumir um posto dentro de sua nave, e posteriormente trocá-lo com um NPC para conseguir assumir outra tarefa.
Em relação a equipe de desenvolvimento de naves, acabaram de terminar a fase de whitebox da Anvil Terrapin e já iniciaram a fase de greybox, onde estão trabalhando na finalização da geometria do acento do piloto, cockpit, motores principais e trens de pouso. Estão trabalhando também na reformulação da Aurora, melhorando os controles do cockpit, telas de multidisplay, área de descanso e adicionando um layout muito mais moderno do que sua versão antiga.
Quanto a equipe de qualidade, eles vem testando as novas naves e estão trabalhando também nas animações. Testes estão sendo feitos no que diz respeito ao gameplay das luas, como o voo nos Cânions em Daymar, para testar a tecnologia dos planetas e luas do game.
A equipe de conteúdo técnico tem trabalhado na construção, melhoramento e suporte de todas as linhas de trabalho dentro do game para melhorar performance, reduzir tempo de desenvolvimento e entregar recursos para Star Citizen e Squadron 42. Ultimamente eles tem trabalhado para manter a consistência dos assets para evitar que eles sejam criados de forma repetida, uma vez que vários estúdios tem trabalhado na criação destes materiais.
Em relação a animação, estão trabalhando na otimização dos objetos de container, comprimindo centenas de animações para uma fração de seu tamanho, melhorando a comunicação do game com os servidores, evitando problemas como personagens deslizando pelo cenário.
Outra grande melhoria feita foi em relação aos assets de erros. Por ser muito difícil de se identificar um problema através da leitura de um arquivos de texto de mais de 200mb, este mês a equipe de engenharia junto com a equipe técnica e a equipe de desenvolvimento, trabalharam juntas para automatizar o rastreamento dos erros e alertas, reduzindo significativamente o tempo necessário para localizar a fonte de um problema.
Os itens 2.0 vão mudar grande parte do game após sua implementação, e para evitar que o loudout dos personagens ficasse estranho dependendo do tipo de armadura que estivessem usando, foi feito uma grande melhoria na questão do gerenciamento de itens que ele pode carregar. Isso vai garantir que a arma que o personagem carrega nas costas, por exemplo, não quebre e apareça fora do lugar, ficando as vezes dentro da modelagem da armadura. Esta melhoria não se trata apenas das armas que podem ser carregadas nas costas, mas também se estende ao carregamento de granadas e pentes de munição. A implementação desta melhoria vai garantir uma física muito mais realista ao Heavy Marine por exemplo, já que ele poderá carregar 2 armas, 4 grandas, 8 pentes de munição, 2 kits médicos e mais dos gadgets. Encaixar todos estes itens em sua armadura vai ser quase como jogar Tetris dentro de Star Citizen.
Com a confirmação do Heavy Marine, avanços muito consistentes também foram feitos no Heavy Outlaw, que vai ser o responsável por ser sua contraparte no combate. Também estão trabalhando no refino dos polígonos para os personagens do Squadron 42, onde a próxima fase será modelagem e textura. Trabalho está sendo feito também nos trajes básicos assim como no traje dos marines. O repositório para personagem médica foi finalizado, passando agora para fazer de modelagem.
Rudo e Miles estão sendo finalizados para que seja possível serem encontrados na próxima atualização, repassando missões para os jogadores.
Banu Lore – Primeira raça descoberta pelos humanos
Criar um game espacial que envolve exploração, descobrir lugares novos e também ter contato com outras espécies, é algo realmente muito difícil de se imaginar. Então a procura de referências, Dave Haddock conversou com Chris Roberts e comentou sobre o povo de Marrocos como sendo vibrante, colorido e exuberante. Usando como base as intrigas e perigos da época do declínio do Império Romano, decidiu-se iniciar o desenvolvimento das raças tomando como referência os povos da China para os Xi’ans, os Visigotos para os Vanduul, Japão Feudal para os Tevarin e para os Banu, sua referência seria o Império Persa.
Nos primeiros conceitos criados, os Banus possuíam várias elevações em sua face, deixando eles com uma cara mais assustadora. Sendo assim, estava na hora de trabalhar mais a questão das cores, aproveitando para expandir o universo de Star Citizen, explorando mais opções em relação as raças alienígenas. Então começaram a estudar tons de pele e porque esta raça teria as cores escolhidas, além de manter também as linhas da face, criando uma linguagem interessante para a raça.
A raça Banu teve um primeiro contato bem interessante com os humanos, sendo a primeira raça alienígena descoberta por nós. Com a descoberta dos Jump Points, a raça humana avançou muito tecnologicamente, podendo inclusive terraformar outros planetas e saltar para outros sistemas, mas até o momento, nenhuma outra raça tinha sido encontrada. Foi então que um cara chamado Vernon Tar, ao escanear um setor em busca de novos Jump Points, acabou encontrando uma nave diferente em seu radar achando que era alguém tentando invadir seu espaço. Sem pensar muito, ele decidiu atacar a nave inimiga, onde ao final, descobriu-se que não era uma nave humana. Após surtar com o fato, ele chamou uma patrulha que basicamente fez o primeiro contato, assinando neste dia o primeiro tratado intergalático.
A grande questão é que a nave Banu não retaliou o ataque pode ser uma nave fugitiva. O primeiro contato que a raça humana teve com outra espécie, foi justamente com um fugitivo fora da lei. Toda esta ação tomada para criar o primeiro tratado intergalático acabou tornando um criminoso em um heroi de sua raça.
A equipe de conceito enquanto criava os Banu, buscava colocar elementos que pudéssemos associar com nossa própria raça, como olhos e estrutura geral da face, mas ao mesmo tempo, procurava criar elementos mais assustadores, deixando sua pele um pouco brilhante como um peixe ou uma enguia. A maneira como respiram também é uma característica marcante de sua raça, fazendo com que esteja em um lugar diferente da de costume para nós humanos, ficando um pouco acima da cabeça. Suas vestimentas tem uma aparência um pouco mais decadente, possuindo diversos tipos de padrões e cores, mostrando os diferentes lugares que já visitaram.
A raça Banu é composta por espécies bem especializadas em certos assuntos. Se um Banu é um soldado, ele vai ser muito bem treinado para sua tarefa, se ele for um comerciante ele vai ser treinado a vida inteira para isso, mas independente de sua especialização, pode ter certeza que receberá um treino extensivo para sua profissão, o que não é muito comum em outras culturas.
Eles são uma raça que gostam de mostrar seu status e sua posição social usando materiais e itens que valorizem estes aspectos, tanto que suas naves possuem um trabalho quase que artesanal em sua confecção, expressando a qualidade de seus bens. Sendo assim, suas naves não servem apenas para transporte, tornando praticamente suas casas ambulantes. Por isso a escala de suas naves geralmente é bem maior, se tornando um bazar ambulante onde os Banu viajam através do universo, vendendo seus itens como nômades.
Saber mais sobre os Banu é algo complicado, uma vez que eles não se importam com a história. Para eles, não interessa quem criou e desenvolvem a nave Merchantman, importa apenas que ela é uma boa nave e que funciona muito bem. Se fossemos fazer uma analogia usando como parâmetro o povo brasileiro como sendo os Banu, para eles não importa se um dia o Brasil já foi parte de Portugal, não importa que houve uma batalha pela independência, o que importa é que hoje nós não fazemos mais parte de Portugal, e lembrar como foi este processo não é de interesse deles, pois acreditam que isso não mudará os fatos. A única coisa que eles guardam é o manual de como funcionam as coisas, de como desenvolver e construir uma Merchantman por exemplo, independente de ontem estejam, e esta falta de interesse em gravar sua história dificulta bastante em descobrir mais sobre sua cultura.
E estes manuais é que ajudam a entender um pouco mais de sua história pois servem como uma timeline de eventos para serem usados. Só assim podemos recuperar um pouco do que aconteceu antes do primeiro contato com a raça. Para os Banu, viver uma vida plena é poder acumular a maior quantidade de itens, pois isso significa que viajaram bastante, conheceram várias pessoas diferentes, e fizeram tudo aquilo que gostariam, ou seja, eles vivem plenamente o presente.
Um fato interessante sobre sua raça é que por serem ótimos comerciantes, eles sabem que muitas vezes não parecem ser muito amigáveis a primeira vista devido sua aparência, e por este motivo, para tentar agradar os consumidores, eles colocam à mostra praticamente todos os itens disponíveis em uma sala especial dentro de sua nave e também para mostrar que estão abertos a negociação. Principalmente para os humanos, é muito comum julgar um livro pela capa, onde acabam rotulando os Banu como uma raça agressiva, assustadora ou estranha a primeira vista, mas depois de conhecer um mais de perto, verá que são uma raça super amigável e que você realmente gostará de fazer negócios.
Este balanço entre criar uma raça que pareça ameaçadora a primeira vista e depois ao ter contato seja bem amigável é o desafio que a CIG está tendo agora.
Banu Defender – Nave de escolta dos mercadores
A Banu Defender não é uma nave agressiva, pois foi concebida para escoltar as valiosas cargas carregadas pelos mercadores, e por aproveitarem a tecnologia de outras raças, o design de sua nave teve bastante influência externa. Então para dar início ao processo de conceito, as equipes de arte pegam alguns requisitos com Ben e Chris de como a nave deve funcionar, pesquisam outras naves com mesma função e começam a rascunhar as primeiras linhas.
Inicialmente surgiram em torno de 18 ideias diferentes de como a Banu Defender poderia ser, possuindo diferentes configurações de voo e mantendo uma característica em quase todas as ideias que era possuir 2 pods, ou 2 cockpits. Ela tinha que ter também a rampa de entrada típica das naves Banu. Estes rascunhos foram passados para Chris Roberts que acabou escolhendo 3 destas ideias, onde a equipe de arte fez um refino dos desenhos, criando um modelo em blocos mais próximo de sua versão final. Tendo em mente como funcionavam as mecânicas de jogo e também conhecendo um pouco mais sobre a raça, sua concepção aos poucos foi tomando forma e ganhando alguns ajustes.
A raça Banu possui em suas naves um sistema de controle social, que permite que 2 pilotos experientes e muito bem treinados, comandem ao mesmo tempo a nave, diferentemente do que acontece com as naves humanas, onde apenas um pode ser o piloto, e o outro o gunner.
Por ser uma nave alienígena e com características únicas, organizar seu interior e componentes da forma tradicional não iria funcionar muito bem, seguindo o mesmo padrão óbvio dos humanos, não criando assim uma identidade para a raça. Pensando nisso, foram desenhadas várias e várias versões de como deveria ser o interior da Banu Defender, onde no fim ela ganhou linhas curvas que vem do teto da nave e acabam apenas no chão, possuindo um sistema de camadas ou escamas que quando acionadas, vão abrindo uma a uma, revelando os componentes internos, possibilitando a troca e manutenção deles. Estas linhas curvas, a forma como os componentes são dispostos e o jeito diferente de ter acesso a eles, dão uma forma muito mais orgânica para a nave, criando uma experiência única para os jogadores.
Em relação a combate, a Defender vai possuir um dos maiores escudos de sua categoria em relação a naves com escudos do mesmo tamanho, mas com o contraponto de ter uma estrutura muito mais frágil. Se o piloto for descuidado e deixar cair estes escudos, poucos ataquem poderiam ser fatal para ele. E como os Banu viajam muito pela galáxia, eles aproveitam a tecnologia das outras raças para incorporar aos seus projetos. Por verem que os motores Xi’an era muito mais eficientes que os motores originais de sua nave, eles compraram um de seus motores, fizeram tecnologia reversa e acabaram incorporando ao projeto, fabricando estes novos modelos.
Sua nave vai possuir 2 modos, sendo o modo de combate e o modo de pouso, onde suas hastes frontais vão se recolher um pouco e girar, criando uma silhueta muito interessante, diferenciando sua tecnologia das outras raças. E por sua cultura não possuir arte, todo o esforço criativo que seria usado na criação de um layout diferenciado é totalmente usado na fabricação de seus componentes, trazendo uma qualidade muito grande em tudo o que é produzido.
Referral Contest – E as novas recompensas para o programa de indicações
Para quem ainda não conhece o programa de indicações de Star Citizen, funciona mais ou menos desta maneira: Quando você se cadastra no site do game para comprar seu primeiro pacote, é disponibilizado em sua conta um código de referência ao qual é possível passar para seus amigos ou conhecidos para que usem quando foram criar suas novas contas. Caso seu amigo use este código, ele ganha automaticamente 5000 créditos para usar no game quando ele for lançado.
A medida que as pessoas forem usando seu código de indicação e comprando pacotes do game, você vai ganhando recompensas dentro do game como equipamentos, itens estéticos e naves. Por exemplo: Conseguindo uma indicação, você já ganha uma Badger Repeater para usar em sua nave. Com 3 indicações, você ganha Gilmbals e mais algumas outras armas. Com 10 indicações, você ganha uma Gladius e mais créditos para usar quando o game fosse lançado.
Mas como fazia tempo que estas recompensas não era atualizadas, o level máximo de indicações era o 42, onde você ganhava um pacote com naves de combate para poder usar dentro do game. Até que finalmente o programa de indicações recebeu uma atualização, ganhando novas recompensas. Agora é possível ganhar desde uma MISC Razor até a gigante Javelin, indo dos 75 pontos, até os mais de 2000 pontos. E pelo que está escrito no site, provavelmente mais recompensas serão inclusas no futuro.
Vou deixar um link na descrição mostrando a lista completa de recompensas que o programa de indicações possui.
Outra novidade que também foi apresentada foi o Concurso de Indicações. Agora todas as indicações feitas dentro de um período de tempo vão gerar recompensas diferenciadas para os jogadores, onde cada nova indicação gera um ponto. As recompensas disponíveis para o Concurso deste ano incluem uma camiseta de gatinho para ser usado ingame, precisando apenas de 1 indicação, uma Dragonfly rosa para quem conseguir 10 indicações, e para aqueles que tiveram bastante influência, é possível ganhar uma viagem completa para a GamesCom de 2017 caso alcancem a marca de 2942 indicações. Esta premiação inclui tickets para o evento, hotel e a possibilidade de falar com Chris Roberts e sua equipe.
E no final do concurso, quem tiver o maior número de indicações feitas vai ganhar nada menos do que uma Idris M. No momento deste vídeo já tínhamos JFeezy na frente com mais de 1500 indicações, e em quinto lugar, tínhamos um Youtuber muito famoso que também fala praticamente só de Star Citizen, o STLYOUNGBLOOD. Eu pessoalmente estou torcendo por ele, uma vez que conheço seu trabalho e seu que seu conteúdo é de ótima qualidade.
O concurso de indicações começa dia 20 de abril e vai até o dia 8 de agosto. Por isso galera, se tem alguém ai interessado em comprar o game, peço que usem o meu código de indicação ao criarem sua conta no site oficial do game, pois além de ganhar 5000 créditos extras ainda ajudam o canal a crescer, pois com estes novos equipamentos eu posso fazer reviews e mostrar um pouco mais sobre o game. Vou deixar na tela o meu código de indicação e também um link na descrição do vídeo para facilitar a vida do pessoal.
Desenvolvedor WEB, ciclista, PCista (não sou fanboy, só acho que o PC é melhor que todas as outras plataformas), mas principalmente, aficionado por games, sou fundador do site JogandoAgora e também do GameIntro. Curto games com um bom enredo e também gosto de discutir (bater boca mesmo) com meus amigos sobre campanhas single player, e de vez em quando, ganhar algumas partidas multiplayer dos meus filhões, afinal de contas, humildade bem acima de tudo.
Jogos preferidos: StarCraft 2, Xcom, Mass Effect, Gears of War, Battlefield.